terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

SOS Saúde Pública

Eu, Cristiane Montanha Gonçalves, BRASILEIRA, 33 anos, solteira, 2 filhos, jornalista, micro-empresária, em tempos normais de rotina, acordo 6h30 e durmo entre meia noite, 1 da manhã. Isto, até o dia 22 de janeiro do corrido ano, onde escorreguei nos fundos de casa, caí e fraturei o cotovelo, precisando então, do atendimento de emergência do Sistema Único de Saúde(SUS), o que mudou toda a minha rotina. 
Com dor, fui para o atendimento de emergência do Hospital Nossa Senhora das Graças. A surpresa é que não havia Traumato na emergência. Haveria no particular!!! Fui então para opção número 2. Hospital de Pronto Socorro (HPSC) de Canoas.
Assim que cheguei relatei o fato, fiz o registro na recepção e em cinco minutos estava sendo chamada. Como era troca de plantão levou um tempo para o atendimento do médico. Eu nem precisei sentar, de tão rápido que foi a consulta, mas não arredei pé até ele me dar um medicação pra dor que só foi prescrito após um pedido meu. Depois, apenas o raio X poderia precisar a lesão. A pessoa responsável me obrigou a esticar o braço quebrado me ameaçando não fazer o exame se eu não  o esticasse. Procedimento que me fez chorar como criança. 
Constatado, agora por outro médico (já tinha efetivado a troca do plantão) -   FRATURA CABEÇA RÁDIO DIREITO - fui orientada a colocação de Tala anilo palmar e medicação de 8 em 8 horas(Algimar 1000).
 Passado 10 dias, por não suportar mais a dor da tala que cedeu no braço retornei ao HPSC pela manhã. O atendimento não foi considerado de emergência e fui orientada para ir no prédio ao lado (acredito que seja o hospital). Como eu não tinha o boletim de atendimento em mãos e nem o setor que tira a  2º via não podia me atender, tive de retornar ao meu trabalho com dor, onde encontrei o boletim e retornei ao Pronto Socorro às 22h46. Lá então foi acordado, devido o grande movimento, que iriam me dar medicação para dor e que retornaria outro dia, às 8h para orientação do Trauma. As 21h43 saí do Pronto. 
Dia 01 de Fevereiro, na hora marcada fui ao Pronto Socorro. Chegando lá a orientação era para me dirigir para o prédio ao lado. A atendente do ambulatório me informou que apenas o Dr. que me atendeu na ocorrência poderia retirar a tala e que esse só teria atendimento às 14h.
 Indignação! Como assim? estava escrito np boletim o atendimento! Estar com dor é um atendimento de urgência. Voltei ao Pronto e expliquei a situação a outra enfermeira. Que pegou os papeis e entrou. Enquanto umas cinco profissionais ficavam de risos e 'tititi' na ala de triagem e eu na sala de atendimento rezando para que fosse atendida. Surge uma 3º enfermeira com uma ficha de encaminhamento  ambulatorial para o posto de saúde mais próximo da minha casa, alegando que eu deveria correr para que meu procedimento fosse rápido, pois normalmente a execução deles levavam de 2 a 3 semanas (orientação primeira era de que eu deveria ficar 3 semanas de Tala e depois fisioterapia). Que ali era para atendimento de emergência e que só poderiam me atender se houvesse uma refratura. Mesmo eu alegando que a tala poderia ter causado uma refratura, pois eu não suportava mais a dor no pulso, ela me disse que o Sr. Prefeito tem de agilizar atendimento nos Postos de Saúde e que dali em diante não era problema dela. 
O documento vem assinado pelo Dir. Técnico do HPSC Jacques Édison Jacques (CREMERS 12396) e o dito Dr. Eugênio H. W. Berwagner (Traumatologista e Ortopedia - CREMER 28094) que nem sequer sabem a cor dos meus cabelos, se é que os tenho. 
Saí de lá chorando, sem saber o que fazer. Se a intenção deles era se livrar de um problema a minha também era. Minha mãe acabou se oferecendo para pagar um médico particular. 
Então...  passamos a ver o problema da saúde pública quando precisamos de socorro. E temos a certeza que o melhor é não precisar dela, pois não podemos contar com ela. Vai ver que é por isso que nossos governantes não se utilizam do serviço público. Possivelmente, nem os próprios funcionários públicos. Meu sentimento é de abandono e revolta. Acabamos em estatísticas, em processos, em agendamentos e pessoas lesadas. 
Sr. Prefeito vamos comigo no serviço de emergência, ou marcar uma consulta médica? 
Sr.Sras Enfermeiras vamos trocar de lugar? 
Sr. Sras. Médicos o que diz mesmo o código de ética da medicina? 

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito drama para pouco!!!Como enfermeira, vejo coisas muito mais complicadas, e mais dificeis.Noto que a mocinha não tem nada de conhecimento sobre EMERGENCIA.Pesquize mais que voce vai ver o quanto as pessoas sofrem e qas vezes morrem esperando atendimento.